A concepção de um Dojo tradicional


A arquitetura de um Dojo (道場) é inspirada nos templos e santuários japoneses. O próprio termo é de origem Zen Budista e pode ser entendido como o Lugar do Caminho, ou o local de busca pela iluminação. Por volta da metade do século XVI, a arquitetura dos castelos expandiu acompanhando o aumento do poder econômico dos Daimyōs (大名), os poderosos proprietários de terras que governavam a maior parte do país. Com isso, muitos castelos passaram a incluir Dojos de Artes Marciais em seus projetos, para treinamento e instrução da guarda.

O Kamiza (上座) é a parte mais importante da construção, localizado na parede frontal do Dojo. O lado oposto é onde normalmente se localiza a entrada e recebe o termo Shimoza (下座). O lado direito é considerado a lateral superior e o esquerdo a lateral inferior.

No passado, a arquitetura do Dojo tradicional e a etiqueta a ela associada, posicionando o Sensei à frente, os mais antigos à direita e os mais jovens à esquerda, permitia ao instrutor, que era a pessoa mais importante do recinto, o máximo de proteção contra intrusos. No Japão, com sua longa história de guerras, muito do que se denomina etiqueta está relacionado com preocupações de combate. A estratégia principal envolve a proteção do instrutor e não necessariamente de todo o grupo. Em segundo lugar, o posicionamento mantinha em sigilo as explicações do Mestre contra o olhar furtivo de alguém que tentasse observar através da porta de entrada do Dojo, que ficava ao fundo.

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